O Termo Kung Fu 功夫 teve sua origem na China, na dinastia Chou (1111 a.C. – 255 a.C.), e foi mundialmente difundido e traduzido como “Arte Marcial chinesa”. No entanto, tradicionalmente, esse termo é entendido de uma forma muito mais ampla, como o “Tempo e Energia investidos em um trabalho”.
De acordo com as pesquisas do Doutor Ngai Pui Man (Ni Peimin), professor da Grand Valley State University, o termo kung fu pode ser usado sob diferentes significados:
“…A abordagem kung Fu não remete ao “direito do mais forte”. Esta é a razão pela qual é mais apropriado considerar o kung fu como uma forma de arte… Além disso, a função da arte não é a reflexão exata do mundo real. Sua expressão não se restringe à forma de princípios universais e raciocínio lógico e isso requer o cultivo do artista, incorporação das virtudes, imaginação e criatividade…”
— Ngai Pui Man. Professor, Grand Valley State University
O Professor Ni, atribui o significado de Kung Fu “ao tempo despendido em algo e seu sentido pode ser estendido para representar desde o esforço empregado numa atividade até a ampliação da habilidade alcançada pelas orientações sobre as maneiras apropriadas de realizar esse esforço”.
O sinólogo François Jullien, professor da Université Paris VII nos fala de Kung Fu como sendo um “investimento paciente onde resulta e amadurece a facilidade”. Portanto, a habilidade resultante de uma prática dedicada pode ser considerada Kung Fu. Há kung fu na hospitalidade, na gestão de pessoas, na pintura, na docência, na culinária, na liderança, no empreendedorismo, entre tantas outras atividades.
Esse método não pode ser ensinado, somente aprendido. Não é intelectualizado, apenas vivenciado. É uma sabedoria que advém de uma experiência direta mediada por um mestre.